quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PROJETO EM VERSO E PROSA - 2014
CENTENÁRIO MOREIRA CAMPOS





Este ano, comemoramos o centenário de Moreira Campos, filho ilustre de Senador Pompeu a quem temos a honra e o prazer de dedicarmos nosso humilde Projeto Literário que reúne composições de verso e prosa produzidas por nossos alunos.

Este trabalho é fruto do empenho dos alunos e do compromisso do grupo de professores de Linguagens e Códigos, da equipe do Laboratório de Informática, dos integrantes do Centro de Multimeios e Núcleo Gestor desta escola.

Nesta quinta edição, o Projeto Em Verso e Prosa homenageia o grande escritor cearense Moreira Campos, nascido em Senador Pompeu, em 06 de janeiro de 1914 e se vivo fosse estaria completando 100 anos.

A obra de Moreira Campos nos inspira e comove, seja em seus contos recheados de sentimento humano, nas narrativas folclóricas ou acerca dos problemas políticos e sociais.

Com uma linguagem clara e espontânea, Moreira Campos nos convida a fazer parte de suas produções, nos remete, muitas vezes ao fantástico e folclórico, analisando trajes de épocas com humor e ironia (sempre bem dosados).

Sobre a obra de Moreira Campos a escritora e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Vera Moraes diz: "Sua literatura desenvolve-se de uma complexidade muito além do engajamento político e social: preocupa-se em criar um conto novo, que não se resume a uma só leitura."(Jornal O POVO, 5 de janeiro de 2014).

Neste ano (2014) Moreira Campos faria 100 anos e é com muita alegria que o homenageamos e agradecemos por seu legado literário e talento, pela valorização da cultura popular e cearense, pelo esmero na composição de seus personagens. Agradecemos ao professor Sanzio de Azevedo, escritor e doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que nos forneceu detalhes sobre a obra de Moreira Campos do qual foi amigo pessoal e colega de trabalho, na UFC.

Agradecemos ainda a generosidade de Carolina Campos, neta de Moreira Campos e filha da querida escritora Natércia Campos, por nos ter concedido momentos agradáveis ​​na sua companhia e por nos ter confidenciado fatos importantíssimos sobre a vida em família de seu avô, o qual foi lembrado com muito saudosismo e emoção.

Ainda sobre o legado literário de Moreira Campos, o professor de Sanzio de Azevedo diz o seguinte:
"Moreira Campos (1914-1994) foi na, minha opinião, o maior contista cearense de todos os tempos." (Parte extraída de Livro de Memórias sobre os homens de letras que conheceu).



Este texto foi escrito por Mariana Gadelha, professora Especialista de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e professora efetiva da Escola de Ensino Médio Presidente José Sarney e idealizadora do Projeto Em Verso e Prosa.






QUEM TEM MEDO DE MOREIRA CAMPOS?


Palestra da 30ª Edição dos Encontros Literários Moreira Campos discute Temas e Personagens do contista.

Machismo, mediocridade, violência, perversão sexual. A enumeração carrega em  cada palavra um peso enorme, fazendo o leitor ter uma acompanha até encurvar as costas e inspirar fundo para transpassá-las ao próximo período. É preciso talento, esmero e cuidado de um artesão da língua para, sem abrandar a carga de significado, tecer um percurso narrativo que convença o interlocutor a continuar a leitura.

Privando-se de usar os santos nomes da Língua Portuguesa em vão, o escritor cearense Moreira Campos (1914-1994) construiu uma carreira de relevância literária e inovação dentro do gênero conto por valer-se dos assuntos intrínsecos e até perversos dentro da humanidade através de sentenças curtas e incisivas, cortes rápidos e limpos no interior e uma linguagem clara.

Com dez Antologias de textos publicados, como "Os 12 Parafusos" (1978) e "Dizem Que os Cães veem Coisas" (1987), o escritor não deixava de se preocupar com os diálogos condizentes com a realidade social de seus personagens, valorizava o ritmo da própria narrativa e, apesar da contrição de palavras e precisão vocabular, insistia em algumas passagens descritivas para caracterizar um olhar de observação autoral.
"O grande tema do conto de Moreira Campos é a dignidade humana colocada em  prova, segundo a oposição fundamental entre a vida e a morte", aponta José Leite Jr., professor do Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará e debatedor da palestra "Temas e figuras no conto de Moreira Campos ", que acontece a partir das 18h no Auditório José Albano, localizado no Centro de Humanidades I da UFC.

A conferência dá continuidade à programação da 30ª Edição dos Encontros Literários Moreira Campos. Neste ano, será feita uma homenagem ao centenário de nascimento do escritor cearense e ex-professor da Universidade que dá nome ao evento, considerado como um dos maiores contistas do Brasil.

Já no que tange aos personagens, destacam-se os integrantes do "núcleo familiar", ou seja, o marido, a esposa, os filhos e as pessoas que trabalham em casa. Ele ressalta que há referências também a tipos como o padre, a freira ou o beato, mas na intencionalidade de interferir no equilíbrio moral da família.

Para José Leite Jr., Moreira Campos é um neorrealista ou neo naturalista, pois "adota uma postura crítico-reflexiva diante do modelo oferecido pela sociedade construída sobre bases burguesas". Contudo, isso não se reflete nos textos, mas culmina em uma postura "materialista de tendência niilista", O que o aproxima, por exemplo, de Machado de Assis. O cearense nascido em Senador Pompeu foi um dos membros de mais destaque do Grupo Clã, movimento responsável pela edificação da estética modernista na literatura produzida no Estado.

Na opinião do especialista, o maior recurso para a construção da narrativa do escritor está no seu poder de síntese na representação ficcional. "Com um minimo de frases, o conto de Moreira Campos consegue compôr um cenário suficientemente tenso para o comprometimento da leitura, algo que se assemelha à fé. Para esse fazer-crer, concorre a descrição, cujos percursos figurativos evocam imagens verossímeis no ato da leitura ", explica. Com o evoluir de seus escritos, houve uma tendência autoral de aprofundamento da síntese e mesmo da suspensão da narrativa, o que é dado como síntoma da época, por muitos identificada como pós-moderna.

"O conto de Moreira Campos é um exemplo de vitória da disciplina e da estratégia a serviço da estética, numa terra marcada pela ideia romântica de que a literatura é um produto da natureza plasmado pela inspiração do gênio criador", acredita José Leite Jr.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste, Caderno 3, 24/03/2014.




UM POUCO DE MOREIRA CAMPOS

A CARTA

Ele está vindo à capital duas vezes por mês para prestar contas das obras da empresa. Traz notícias, o pedido de encomenda ou carta do amigo para a noiva. Estudaram juntos no colégio e ocupam o agora mesmo quarto na pensão. Buzina, aquele som de buzina já conhecido e esperado, em frente ao portão da noiva do amigo. Ela dá toque rápido aos cabelos diante do espelho, aligeira os passos, cintura reduzida, pernas bem-feitas. Conserve com ele debruçada na porta do automóvel,  protegendo o decote na alvura da pele. A mãe dela  às vezes  aparece para notícias do futuro genro, já quase um filho, o casamento marcado para dezembro. Ele desce do automóvel pará uma xícara de café em pé na sala. Bate o cigarro contra uma unha polida, e a mão longa (o anel de engenheiro) protege com elegância a chama do isqueiro.
As notícias que traz do outro são quase smpre as mesmas. Ótimo de saúde. Continua a trabalhar muito no banco. O extraoordinário aos sábados. Por último, a notícia boa da promoção que teve. Ele chega à conclusão, rindo, de que o casamento podera Ser apressado. A velha ri, e a filha também, girando no dedo a aliança do noivado.
Ao retornar na segunda-feira pela manhã, novamente buzina em frente à casa, para notícia dela ou carta, encomenda que tenha. Ela já o espera. Talvez inquieta, o porque volta a olhar pela janela do quarto, afastando a cortina. De passagem, ajeita na penteadeira, sem necessidade, o vaporizador de água-de-colónia ou estala os dedos. Anda nervosa. Aborrece-se com a mãe. A velha tem mania de mandar pacotinhos de doce para o futuro genro. O porque era aniversário dele, aquele bolo, difícil e ridículo, que o moço teve de ajeitar com muito cuidado sem porta-malas, limpando depois os dedos no lenço de que se evolava o perfume.
Zanga-se:
- Acho isso absurdo!
A mãe se aborrece também. Entende que não há abuso nenhum, se os dois são amigos, e o moço de sempre tão atencioso:
- Absurda é você!
Numa dessas viagens o amigo o acompanhou. Quando ela viu o noivo dentro do carro, surpreendeu-se:
- Ah, você?
Ele desceu com a pasta na mão. Beijou-um no rosto. Passou-lhe o braço sobre os ombros e a estreitou. O outro tinha pressa de chegar em casa. A aflita sempre aflita.  pensando em desastre.
- Tchau.
- Tchau.
Da jornal última vez que parou o carro ali, disse-lhe que trouxera carta do noivo. Esticou-se para apanhá-la no porta-luvas. Ela pousou-lhe a mão no braço com uma pergunta que o desviou do propósito. Conversava com a graça de sempre. Aquele jeito delicioso de arranjar os cabelos atrás da orelha. Ria. Movimentava-se na calçada sob a luz do poste. Quis descansar o corpo contra o carro. Ele lhe disse que poderia sujar o vestido por causa da poeira, e voltou á elegância do cigarro e do isqueiro. Ela indagava se aquelas viagens não o cansavam. Dizia que nao. A estrada era boa, asfaltada, e tinha como companhia os próprios pensamentos. Ela quis saber que pensamentos eram esses.
- Ah, bem! Isso é mistério.
Riam muito. Despediram-se.
Quando ele chegou em casa e buzinou para que a empregada abrisse o portão, lembrou-se de que não lhe entregara a carta, Nem ela a reclamara. Teve um gesto de contrariedade: bateu o punho contra a mão. A mãe, que lhe vinha sempre ao encontro, indagou:
- Alguma preocupação, meu filho?
- Não, não. Nada.

(Conto extraído do Livro Dizem Que os Cães Veem Coisas, 3ª Edição, São Paulo: Maltese, 1995).



DIZEM QUE OS CÃES VEEM COISAS

Ela chegou diáfana, transparente, no vestido branco que lhe descia até os pés calçados pelas ricas sandálias de pluma. Ninguem lhe ouviu os passos. Sentou-se à beira da grande piscina, como cruzando pernas longas. Chegou antiquíssima, atual e eterna, com a sua cara de máscara. Moldada em gesso? Apenas uma presença,  porque pousou como uma sombra. Mas por um fragmento de tempo, um quase nada, reinou também todos um silêncio largo, que se estendeu pelo vasto terreno murado da mansão ensombrada pelas árvores, dominou a enorme piscina e emudeceu as próprias crianças pajeadas pelas babás de aventais bordados, e vejam que as crianças são indocéis.



Um presságio.
Fragmento de tempo apenas, porque o homem gordo, de ventre imenso, saltou dentro da piscina com o copo de uísque na mão. Espadanou água por todos os lados, a piscina transbordou. Muitos se molharam, outros saltaram das cadeiras de lona.
- Bruto! - disse alguém íntimo, sem ele que se aborrecesse, bêbado.
A onda de água despejou-se sobre ela, que não se moveu: era trespassável e transparente. Floco de névoa pronto a esvoaçar. Permaneceu parada, a cara imóvel nenhum ricto. Apenas parecia consultar sem pulso um relógio invísivel, para marcar o tempo. O homem de ventre enorme já estava à beira da piscina, gotejante e trôpego, para uma nova dose de uísque, os dedos graúdos catando no balde os cubos de gelo. Mulheres seminuas, as nádegas reluzentes de sol e gotas d'água. Asrodas, as conversas, os garçons que circulavam, as bandejas de salgadinhos.
Uns óculos escuros sofisticados no sutiã mínimo:
- Por favor.
O garçom moço atendia, solícito, perdendo os olhos ávidos nos seios mal contidos, oferecidos e inatingíveis.
- Obrigada.
O garçom mantinha a dignidade, ereto. A menina chegou e segurou a mãe pelo queixo:
- Mãe-ê, quero uma coca-cola.
A mãe não lhe dava atenção em flerte com o recente campeão de vôlei, uma estrutura de tórax (a mãe da menina contrariava-se apenas com o tufo de pelos que ele tinha no meio do peito, quase imoral). A menina impacientava-se:
- Mãe-ê, uma coca-cola.
- Deixa de ser chata!
O campeão levantou-se para apanhar o refrigerante. Em roda mais distante conversavam os homens graves: a última medida do governo, a crise  eonômica.
- O país vai à bancarrota.
- Vai o que?
- À bancarrota.
- Fazia tempo que eu não ouvia esta palavra.
- Mas Vai.
Aceitava-se a bancarrota sem muita convicção. Na grande varanda, as senhoras grisalhas e indesnudáveis, pulseiras tilintantes na flacidez dos braços, discutiam os novos valores morais e comentavam o recente desquite.
- A menina dela não tem um ano de casada.
- É a segunda filha que se separa.
- Como?
- A segunda.
Aniversário da dona da mansão, que se acompanhava ao violão com graça, aplaudida pelos que estavam em volta. O garçom (ou maître, o porque era solene) curvou-se ao seu ouvido. Ela se livrou do violão, levantou-se e bateu palmas chamando para todos o almoço à americana, as mesas sob as árvores. Cada um apanhou o seu prato, formaram-se as filas, o homem gentil cedeu lugar a umas nádegas rijas, cortadas pelo maiô.
- Faz favor.
- Obrigada.
Os cães de raça latiam e uivavam desesperadamente nos canis (e dizem que os cães veem coisas). Foi preciso que o tratador viesse acalmá-los, embora eles rodassem sobre si mesmos e rosnassem. A distancia, uma piscina quase olimpíca, agora deserta, toalhas esquecidas, o vidro do bronzeador, o cinzeiro sobre a mesinha cheio de pontas de cigarro marcadas de batom.
Como filas. Alguem tangeu o gato que lutava com um pedaço de osso, Lenita fez o prato do marido, preparou também o seu. Mordia a fatia de peru com farofa, quando se lembrou do Filho:
- Cadê o Netinho?
Certa angústia na voz. Chamou o marido, gritou pela babá, Que se distraía com as outras na varanda. Olhos espantados e repentino silêncio talvez maior que qualquer outro. Refeições suspensas uma senhora mantinha no ar o garfo cheio. Tentavam segurar Lenita. Ela se desvencilhava:
- Cadê o Netinho? Cadê?
As águas da grande piscina eram tranquilas, apenas levemente franjadas pelo vento. Boiava sobre elas uma carteira de cigarros vazia. Mas a moça que se aproximara parecia divisar um corpo sem fundo, preso à escada. Voltaram a afastar Lenita, o marido a envolveu nos braços possantes, talvez procurando refúgio também. O campeão de vôlei atirou-se à piscina e veio à tona sacudindo com a cabeça, os cabelos longos: trazia sob o braço um corpo inerte, flácido, de apenas quatro anos e de cabelos louros e gotejantes.
O médico novo, de calção, tentou a respiração artificial, o boca-a-boca (os lábios de Netinho estavam arroxeados) e levantou-se sem palavras e sem olhar ninguem. Lenita soltou-se e agarrou-se ao filho:
- Acorde, acorde! Pelo amor de Deus, acorde!
Conseguiram afastá-la mais vez uma, quase desmaiou. A amiga limpava-lhe com os dedos a sobra de farofa que se grudara ao seu rosto. Os cães de raça voltavam a latir desesperadamente, e dizem que os cães veem coisas.
Lenita ficou para de sempre com a sensação do corpo inerte e toupeira entre os braços. Uma marca, presença, que procurava desfazer com a mãos. Cabelos louros e gotejantes. Às vezes, ela despertava na noite:
- Acorde, acorde!
A presença também daquele instante de silêncio que pesara sobre a piscina. Um pressentimento apenas? Precisamente o momento em que ela chegara, transparente e invisível, e se sentara à beira da piscina, como cruzando as pernas longas, antiquíssima, atual e eterna.

(Conto extraído do Livro Dizem Que os Cães Veem Coisas, 3ª Edição, São Paulo: Maltese, 1995).

Lembrando que esse livro na biblioteca da Escola PJS doado pela professora Mariana Gadelha.




O Projeto Em Verso e Prosa teve início em 2010 e homenageou a escritora Rachel de Queiroz. A apresentação foi a seguinte: 

É com muito orgulho que apresentamos à comunidade escolar a primeira coletânea de textos produzidos por nossos alunos ao longo do ano letivo de 2010, intitulado EM VERSO E PROSA, o volume I. Nosso maior objetivo com este trabalho é divulgar novos talentos literários e despertar em nossos alunos o interesse pela leitura e pela escrita.

Procuramos ao mesmo tempo valorizar as produções de nossos alunos e comemorar o centenário da grande escritora cearense Rachel de Queiroz a quem homenageamos e agradecemos por todo seu legado literário, por seu talento, pela valorização da cultura popular cearense e pelo esmero na composição de seus textos e personagens.

Aprecie aqui algumas produções literárias feitas neste ano de 2010:


A CASA

Moramos n'uma Casa
De povo acolhedor 
Que sofre as indiferenças
Que suporta muita dor!

Nesta Casa, moram muito...
Nosso lema é amor
Lá na nossa casinha,
Trabalhamos sem parar.

Trabalhamos para construir
Trabalhamos para melhorar,
Para que nossos jovens,
Dela possam desfrutar.

Apesar de tanto sofrimento
Temos um garbo juvenil,
Moramos em uma casa,
Cujo nome é Brasil!

(Francisca Irismar Ferreira da Silva - 1º E)


A LUZ DO AMOR


Sobre meus olhos
Reluz uma luz
Que quase me cega
Me parece anormal

Apertando muito os olhos
Vejo algo nessa luz
Nao tem forma
Nao tem cor

Percebo que de mim
Essa luz se aproxima
Vejo que chega 
 Cada vez mais perto

E de repente
Ela me toma
E me consome
Eu não consigo fugir

  Quando me pego 
Cheio de luz
Vejo que ela
É a luz do amor.

(Stefany de Sousa Santiago - 2º D)


O Projeto Verso e Prosa em 2011 homenageou o escritor cearense José de Alencar e iniciava-se com a seguinte frase:

"Quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o coração é que fala. Quando se exprime aquilo que os outros sentiram ou podem sentir, fala à memória ou a imaginação".
Trecho do prólogo de O Guarani (1ª Edição).

Eis algumas produções literárias desse livro:

ÁGUAS PROFUNDAS

Quão profundos são meus pensamentos ...
Pensamentos profundos de águas profundas ...
Pensamentos de amor ...
Pensamentos de paixão ...
Pensamentos sobre alguem que roubou meu coracao ...
Pensamentos de carinho ...
Pensamento de amor ...
Pensamentos tao profundos,
"Águas profundas de amor."

Lucas Judá - 1º L - Noite


SUPERAÇÃO






Nunca despreze quem te ama.
Para amar quem não ter quer.
A virtude da vida não está em termos tudo aquilo que queremos, mas gostarmos de tudo aquilo que temos.
Não precisamos ser fortes como as ondas que tudo destroem, mas como as rochas que tudo superam!
Seja feliz e vença os obstaculos da vida.

Leandro Victor Leitão - 1º I - Tarde


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O volume do terceiro do livro Em Verso e Prosa trouxe como homenageado o poeta cearense Patativa do Assaré, que nos deixou um legado literário bastante grande e seu talento valorizou ainda mais a cultura popular cearense.
Antônio Gonçalves da Silva - Patativa do Assaré - nasceu aos 5 de março de 1909, em Assaré (CE) e morreu em Assaré aos 8 de julho de 2002. Iniciou o seu contato com a poesia a partir das cantorias (destas herdou a diversidade temática , o jogo mote e glosa, as pelejas, o gosto pela redondilha, na métrica, e por sextilhas, quadras ou décimas, na estrofe; depois realizou folhetos, por fim, o cordel e os poemas avulsos.

Aqui, algumas produções deste fazer o volume III, de 2012:

VOCÊ SE LEMBRA ...


Você se lembra
Quando eu era pobre
Bolso vazio
A minha alma nobre.

Sonhava alto 
A vida inteira ter você
Hoje, eu tenho tudo
E não posso te ter.

Para que quero dinheiro
Posso comprar o mundo inteiro
Mas não posso comprar o seu amor.


Você se lembra
Quando eu era pobre
Fazia mil promessas
Na ilusão errava e não cumpria.

Hoje arrependido
Vivo na maior solidão
Hoje daria tudo
Por seu coração.

Euderlânia da Silva dos Santos - 2º D - Tarde


O NOME DAS COISAS


Gente é mesmo um bicho engraçado
Inventa nome para tudo.
Já parou para pensar nas cores dos sentimentos?
Sorrisos amarelos, vermelhos de vergonha,
Verde de raiva, roxo de inveja, branco de medo,
Azul de fome.
O que falta agora?
Por que se dá tantos nomes aos sentimentos?
A mim, parece suficiente ... senti-los!

Tatiana de Freitas Vera - 3º E - Tarde 






Em 2013 o Projeto Em Verso e Prosa homenageou o escritor cearense Adolfo Caminha, que nasceu em 29 de maio de 1867, na cidade de Aracati, então Província do Ceará, filho de Raimundo Ferreira Caminha dos Santos.
Adolfo Caminha faleceu de tuberculose, no Rio de Janeiro, em 1º de janeiro de 1887, deixando obras inéditas, inclusive os Pequenos Contos.
Os livros desse escritor mais conhecidos são: A normalista, No país do Ianque e Bom crioulo.

Eis algumas produções literárias desse volume:

REALIDADE


Estimulando cada vez mais meu bom senso
Semeando minhas boas raízes
Logo vejo a felicidade

Matando nossos sonhos,
Jogando-os no mar do esquecimento
Mataremos a felicidade...

Hoje em dia há protestos
Em diante haverá perseguições
Mais tarde, apenas verdades...

Camila Hébia A. Carestiato - 1º A





Ela tem cabelo dourado
Ela é legal
Ela não tem cabelo enrolado
Ela é matrimonial

Ela me ajudou quando precisei
Ela me exortou
Ela eu ajudei
Ela me importa!


Ela é interessante
Ela é insistente
Ela é importante.

Ela me avisa
Ela me incentiva
Ela me alegra.

Áliffe Darcktary R. Sarmento - 2º E



VOCÊ


Em um olhar, te conheci.
Em um beijo, me apaixonei.
Em uma lágrima, te deixei.

Mas saiba de uma coisa,
Eu nunca te esquecerei!

Lareska Aparecida A. Faustino - 3º E



EM VERSO E PROSA - VOLUME IV
2015
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Olha que maravilha, minha gente! Saiu o livro do Projeto Em Verso e Prosa, volume IV, desse ano de 2015.

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O escritor cearense homenageado é Antônio Sales, autor de Aves de Arribação.

Já recebi o meu exemplar e vi que têm muitas poesias e prosas bonitas de professores, alunos, funcionários da escola PJS.

Parabenizar a professora Mariana Gadelha, idealizadora desse projeto fabuloso de incentivo a escrita e leitura e a todos que compõe o Núcleo Gestor da escola e claro a todos que participam com suas produções textuais.

O blog no decorrer do ano irá divulgar essas produções e pra começar uma do homenageado:



Pátria Velha
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Este país vai todo em polvorosa!
A anarquia por toda parte impera, 
a lei sucumbe inerme e dolorosa, 
a tirania estúpida próspera.

Da traição medra a planta venenosa,
a semente dos ódios prolifera,
a dilapidação campeia e goza
das vacas gordas a ditosa era...

As eleições são conto de vigário,
couro e cabelo tira-nos e erário,
geme a lavoura, os bancos não têm fundos

Mas - para consolar-nos deste inferno -
brevemente a mensagem do governo
dirá que estamos no melhor dos mundos!



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Palavra linda e tão difícil de se dizer.
Palavra linda que com um sorriso pode se agradecer.

Palavra tão simples e tão difícil de se dizer.
Palavra de poucas letras que falando isso já dá para se saber.

Palavra essa que eu já posso dizer:
Amor, palavra essa tão simples e bonita de se dizer!

Dennys Keven de Araújo do Nascimento - 3º D



EL MUNDO
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Una cama
Dos sillones
Tres mesas
Ahora entiendo
Que hay muchas
Cosas en el mundo

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Un león
Dos gatos
Tres elefantes
Ahora me doy cuenta
Que hay muchos
Animales en el mundo

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Una persona
Dos personas 
Tres personas
Ahora percibo
Que hay muchas 
Personas en el mundo

Professora Amparo Rodrigues Moreira.




EM VERSO E PROSA 2016
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Neste ano, a mente criativa de nossos alunos, professores e funcionário de nossa escola, Escola de Ensino Médio Presidente José Sarney, mais uma vez, abre-se para uma nova aventura pelo mundo da escrita.
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Nesta nossa caminhada, nos sentimos honrados em homenagear a grande escritora cearense Natércia Campos e destacamos em sua obra a precisão na escolha das palavras, do tema e personagens. Com ela, aprendemos que o escritor é um artista. E é por meio da escrita que, esse artista transmite a voz do coração e da alma.
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Além de homenagear Natércia Campos, pretendemos oferecer aos amantes da literatura uma alternativa de leitura, despretensiosa, mas capaz de satisfazer o leitor que procura qualidade, textos de fácil compreensão e linguagem acessível.

Professora Mariana Gadelha, idealizadora do Projeto Em Verso e Prosa.